GÊNESIS - LIVRO DOS COMEÇOS

Por Pastor Eliy  Barbosa
Gênesis, chamado de Bereshit (em hebraico “No princípio”) ou Géveois (em grego Γένεσις na Septuaginta), é corretamente conhecido por “Livro dos Começos”. O nome “Gênesis”, como aparece nas Bíblias da língua portuguesa, tem sua origem em uma raiz grega que significa “nascimento”.

Na Septuaginta “Gênesis” foi usada para traduzir o hebraico toledhoth (“procriações” ou “registros genealógicos”) no sentido de “geração”. Gênesis, que tem sua autoria creditada a Moisés (Lc 16.31; 24.44), é o “Livro das Gerações”:

:: dos céus e da terra (2.4),
:: de Adão (5.1),
:: de Noé (6.9),
:: dos filhos de Noé (10.1),
:: de Sem (11.10),
:: de Terá (11.27),
:: de Ismael (25.12),
:: de Isaque (25.19),
:: de Esaú (36.1),
:: dos filhos de Esaú (36.9),
:: de Jacó (37.2).

Estas “histórias” resumidas, provavelmente, foram baseadas em registros históricos (orais e escritos). Uma indicação disto nestas passagens é a expressão hebraica e’lleh toledhoth, traduzida por “estas são as gerações” ou “estas são as histórias por”. Mas Gênesis não é um estudo comparativo ou sintético das tradições correntes na época.

Foi em 1753 que o médico francês Francisco Astruc viu na alternância do uso de Elohim e Jeová (para designar Deus), a indicação do uso de fontes distintas para compor o livro de Gênesis.

Mas tarde, graças a Eichhorn esta “hipótese documentária” foi complementada e tentou reduzir Moisés a um mero compilador de histórias. Surgiu uma contra-hipótese, a “hipótese suplementar”, a qual afirma que foram adicionados posteriores comentários não registrados por Moisés.

Mas toda a Teoria Documentária da Alta Crítica é repudiante: Gênesis e os outros 4 livros que formam o Pentateuco são mais do que uma compilação de outros documentos. Nas passagens em que se referem a Moisés, ele aparece em terceira pessoa, pois cada uma das palavras que formam a Torah foi-lhe ditada por Deus.

Como não poderia ser diferente, a palavra chave deste livro é “princípio” (Gênesis 1.1): é o começo dos céus e da terra (2.4), da vida (1.24), das instituições (2.24) e da auto-revelação de Deus (1.3).

Gênesis é considerado a porta de acesso à catedral da revelação escrita por Deus. Pois toda a Bíblia está fundamentada sobre o relato de Gênesis.

Deve-se destacar que a ciência estuda a razão e a natureza. Deus fala através da razão do homem e das coisas criadas. A simples observação da natureza pode nos levar ao reconhecimento de Deus, pois a natureza e a Bíblia são obras do mesmo Autor. Mas a Bíblia é a Palavra de Deus!

Como observou Moisés Maimônides (1135-1204), na falta de argumento decisivo em pró ou contra a criação por Deus, deve-se ficar com o relato da Bíblia. Sempre cientes de que quando a criação do mundo for completamente demonstrável, encontraremos no início de tudo Deus.

12 Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.
13 As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comprando as coisas espirituais com as espirituais.
14 Ora o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
15 Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.
16 Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.
(I Coríntios 2.12-16)



Trecho do livro "O Pai da Sabedoria", primeiro livro da série Bereshit, do Pastor Eliy Barbosa

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