A Presença de Jesus Glorificado

Por Pastor Eliy Barbosa

Ao chegarmos perto do Aprisco Celestial, fomos iluminadas por uma luz muito forte, ofuscante, esmagadora. E ao mesmo tempo cheia de calor, reconfortante, repleta de amor. O aprisco parecia estar debaixo de uma chuva de luz; Meus olhos pareciam estar sendo atraídos por um imã. Aquela luz maravilhosa permeava todas as coisas, as rodeava, envolvia em seu brilho.

O Aprisco Celestial não se parecia em nada com tudo que já havia visto. Era um lugar lindo, brilhante, assombroso em sua maravilha e esplendor. Todas as cores do mundo eram apagadas em comparação com as cores do Aprisco Celestial. Até mesmo as cores da Estrada do Primeiro Amor. “Que música era aquela?” Cativava os ouvidos, encantavam a alma, preenchia todo o ser. Sabia que atrás daquelas portas de beleza estonteante estava escondido o que sempre procurei e revelava o que nunca encontrei.

Mas logo que entrei no Aprisco Celestial eu deixei de estar maravilhada com a beleza daquele lugar. De repente não estava mais interessada em seu rio de águas claras como um cristal. Nem ao menos desejava saber se conhecia outras ovelhas que também estava ali. Ou quem não estava por não ter conseguido fazer a jornada.

Nada disso importava. Nem as ansiedades, nem os desejos, nem mesmo as esperanças. Só o Pastor. Porque naquele lugar o Pastor estava diferente. Na verdade eu passei a ver o Pastor como Ele realmente era. Durante toda nossa jornada, tudo o que tive foi um vislumbre de quem Ele era. Agora, no Aprisco Celestial, o Pastor era tudo! Nada mais interessava ou atraía mais do que a presença gloriosa do Pastor. (...)

Sua presença preenchia tudo, satisfazia tudo, transbordava tudo. A presença do Pastor consumia tudo o que havia no Aprisco Celestial. Enchia tudo em meu interior e a minha volta. O Pastor havia se transformado na plenitude das realizações. NEle eu era capaz de sentir a consistência de um arco-iris, o peso de uma nuvem, o som de uma flor desabrochando. NEle tudo se movia a milhares de quilômetros por hora na velocidade de uma leve e suave brisa. NEle o tempo presente se eternizava.

Diante de Sua presença minha alegria cheia de temor e a percepção da vida foram ampliadas com revelações renovadas e inimagináveis. DEle fluíam ondas de paz, serenidade e amor que excediam a todo entendimento. Parecia que meus desejos, sonhos e ambições foram engolidos pela intensidade daquela presença. Pois sobre mim estava sendo derramada parte de Sua vida, tanto quanto podia suportar.

Ah, se todo mundo pudesse por um segundo ter um vislumbre daquela Presença... Então saberiam o que, de fato, pode proporcionar plena satisfação! Saberiam que existe um descanso completo e perfeito esperando suas ovelhas. Saberiam que o Pastor é tudo o que necessitam, em todos os momentos.

Eles abandonariam seus planos, seus esquemas e correriam apaixonados atrás do Pastor. Deixariam seus argumentos, seus modos de fazerem as coisas, seus estilos de vida. Deixariam tudo para viver a alegria verdadeira, simplesmente pelo poder gracioso daquela Presença.

Diante daquela Presença toda gritaria, injúria, soberba, exaltação desapareceram! Ali não se achava lugar para o mau humor e amargura, assim como para a cólera, o ódio e as discussões!

Estávamos livres de toda blasfêmia, indignação e ira, revoltas rancorosas e calúnia, bem como de qualquer espécie de maldade e de toda malícia. Na verdade, naquele momento, eu nem conseguia sequer imaginar porque e, se um dia, já fizemos alguma destas coisas.

“O Pastor é tudo o que eu quero!” Agora eu sabia porque quando estive em seus abraços foi tão difícil acreditar que ainda não estávamos no Aprisco Celestial, no Paraíso. Naquele momento deixei tudo o que vivi, tudo o que conquistei. Não havia nada que eu queria mais além do Pastor. Não havia mais nada que eu possa viver... Pois não existe vida fora de Sua Presença.

Eu cortei todas as ligações com o deserto, com a planície, com o planalto, somente para estar com Ele em Sua Glória. É por Ele que a alma anseia. É por Ele que o coração e a carne bradam. É por Ele a fome, a sede e o desejo de vida que, de outra maneira, ninguém jamais poderá saciar.





Trecho do livro "A Voz da Ovelha" do Pastor Eliy Barbosa, publicado pela Igreja Plenitude

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