Acordo com a voz de uma criança me chamando...

Por Pastor Eliy Barbosa
09 de julho de 2015

"Pastor, eu resolvi orar as 3 da madrugada e agora acordo com a voz de uma criança me chamando. A guerra está forte, eu oro o medo sai mas já estou assim há três noites seguidas.

Na primeira noite senti alguém me esganar, clamei o Sangue de Jesus então passou.

Como a opressão está forte! Eu tenho orado, jejuado mas sonho muito com pessoas endemoninhadas... que estou orando e nunca acaba! Sai de uma pessoa e vai para outra. E no sonho, após orar, fico exausta... quando vem o próximo eu não tenho mais força... fisicamente o meu corpo está cansado e então ai eu acordo. Sonhei isso três vezes.

Semana passada uma irmã disse que me via em um hotel com ela e outra irmã. Tinha um elevador que estava com o cabo de aço arrebentando. Então eu voltava para ajudar alguém que ficava dentro deste elevador. Lá dentro eu era arranhada e ferida pelo Inimigo. Então o Espírito Santo entrava no elevador e me salvava. Então essa irmã me disse para não fazer mais cultos nos lares, porque um deles era uma cilada..

De madrugada tenho acordado com a voz de um menino chamando meu nome. Daí fico orando até dormir. Em casa escorreguei, então bati a cabeça, quase foi na quina do azulejo.

Como faço para lidar com a opressão? É normal? É falta de amadurecimento? Eu devo ajudar menos pessoas? Não estou entendendo...”

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Resposta:


Que a paz que excede todo o entendimento e todo o desentendimento seja sobre sua vida!

Vivi essa mesma aflição há anos atrás: uma opressão diuturna. Uma sensação de ser espreitado, de um medo do desconhecido, de um peso sobrenatural. Deitava, não dormia. Quando dormia, acordava como se houvesse levado uma surra: cansado, sem energia ou disposição.

Sonhos com demônios, seres malignos, pessoas possuídas, oprimidas... acompanhados muitas vezes livramentos divinos e manifestações do poder de Deus. Estava virando uma realidade desgastante em minha vida cristã.

Essa situação perdurou um tempo. O tempo de descobrir o segredo da vitória nas batalhas espirituais. Estava lá, claro e declarado no capítulo 12 de Apocalipse:

"E eles [os nossos irmãos] o venceram [derrotaram Satanás] pelo [por causa, por meio do] sangue do Cordeiro e pela [por causa, com o poder da] palavra do seu testemunho [que deram, que anunciaram]..." (Apocalipse 12.11).

Toda vez que me colocava frente Satanás - em uma batalha – com a minha fé, com a minha vida, com a minha 'justiça'; fica exposto e sobre carregado

Muita gente vive assim pois toma o profeta Elias como exemplo de batalha espiritual, mas em um contexto errado: "Se eu, pois, sou homem de Deus, desça fogo do céu..." (II Reis 1.10). Tentam achar um modelo à seguir no embate do Monte Carmelo, entre dezenas de soldados, centenas de falsos profetas e apenas um homem de Deus.

O que não percebem, é que a ênfase neste evento, não está na vida íntegra, na justiça pessoal ou no esforço de Elias (“se eu sou”)... A ênfase está sobre Quem Elias estava servindo (“de Deus”). A disputa ali não era para ver qual pessoa era mais "santa" ou mais “poderosa”. Todo embate era sobre qual Deus era verdadeiro, o Senhor ou Baal. E Elias era servo do Senhor.

Quando levamos o "eu", a "vida pessoal" como arma de luta, seremos atacados, feridos e retalhados. Quando tiramos o "eu" e confiamos no "sangue do Cordeiro" e no poder da "palavra do testemunho"; então se cumpre a promessa de Jesus: "Eis que vos dei autoridade para pisar serpentes e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo; e nada vos fará dano algum" (Lucas 10.19).

Tire o 'eu', tire a fé no seu empenho pessoal de fé: é preciso mais que fé na fé pessoal, "uma coisa disse Deus, duas vezes a ouvi: que o poder pertence a Deus" (Salmo 62.11).

Ante Ele todo joelho nos céus e na terra se dobrarão,


Pastor Eliy Barbosa

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